O OPART - Organismo de Produção Artística, E.P.E. (OPART) é a entidade pública empresarial responsável pela gestão do Teatro Nacional de São Carlos, da Companhia Nacional de Bailado e dos Estúdios Victor Córdon. Tem como missão a prestação de um serviço público na área da cultura músico-teatral de âmbito nacional, compreendendo a música, a ópera e o bailado, através da criação e apresentação de produções de elevada qualidade artística e técnica, que promovam a divulgação do património da música e da dança, a fruição cultural e o acesso dos públicos a obras de referência.
Conscientes da missão estatutária e das obrigações que dela decorrem, o OPART desenvolve a sua ação numa estratégia a curto e médio prazo, através de eixos que norteiam a sua prática e gestão. Identifica-se a cultura, a criação e produção artística e a democratização cultural como motores de desenvolvimento e coesão territorial para o exercício pleno da cidadania cultural, objetivos que afirmam a nossa existência como um projeto nacional, que a todos pertence e a todos se destina. Este posicionamento estratégico visa garantir que o OPART possa cumprir a sua missão de forma eficaz, contribuindo para o desenvolvimento cultural nacional e para a promoção da excelência nas artes performativas, nas áreas da música, ópera, bailado clássico e dança contemporânea, através da articulação e da programação das estruturas e dos corpos artísticos que o integram.
A nossa ação é alicerçada em vários eixos estratégicos que se articulam de forma transversal e transformadora na instituição e nas estruturas artísticas que gere.
Promover a excelência nas áreas da música, da ópera, da dança e do bailado, enquanto pilar central da nossa missão de serviço público, é falar de participação, acesso e democratização da cultura em duas dimensões: artistas e públicos. É determinante estabelecer uma aproximação dos públicos com os artistas e as suas práticas, para, desta forma, promover uma valorização do setor cultural e artístico, garantir as condições necessárias para o acesso e para participação ativa na cultura, e fomentar a diversidade cultural, no que diz respeito aos processos de criação e de fruição e mediação cultural.
O papel do património e dos acervos é protagonista na ação do OPART. A conservação, o restauro e a preservação deste património ímpar é determinante para a salvaguarda da memória e para o cumprimento da nossa missão de serviço público. Importa, assim, assegurar todas as condições necessárias para a sua valorização e promoção, permitindo o acesso, a investigação e as mais diversas leituras sobre este património.
Tornar a gestão mais ágil, eficiente e transparente é preponderante para a missão de serviço público do OPART e para a concretização dos projetos a que se propõe para o triénio 2024-2026. Uma gestão robusta e dinâmica, capaz de se adaptar e responder às realidades do setor cultural e à exigência do período de intervenções nos teatros, no âmbito do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência. Reforçar a cultura organizacional do OPART e os valores, que sempre nortearam a nossa ação, torna-se crucial para um presente exigente e transformador.
Reduzir o impacto ambiental e promover uma prática sustentável nas artes performativas, dotando as estruturas de competências e recursos necessários para o acesso ao conhecimento de práticas de sustentabilidade e para integrar essa dimensão na nossa ação. A dimensão da sustentabilidade é transversal a toda a instituição, tornando-se fundamental para a mudança e consciencialização global da sua urgência.
A modernização administrativa e dos equipamentos é um dos objetivos estratégicos do OPART, decorrente das intervenções no âmbito do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência. Terá reflexo na inovação de sistemas internos com vista à desmaterialização de procedimentos, maior eficiência operacional, redução de custos, flexibilidade e agilidade, sustentabilidade, segurança, bem-estar e melhoria da experiência dos públicos.
Aprofundar o diálogo com os territórios, através do fortalecimento da cooperação e da implementação de parcerias e redes com entidades nacionais e internacionais. Para além de garantir uma disseminação da nossa ação a todo o território nacional, importa garantir as condições para uma fruição e participação cultural ativa, promovendo a aproximação das artes performativas das comunidades e o desenvolvimento territorial local na área da cultura, contribuindo assim para o cumprimento das orientações das áreas governativas da cultura e educação.
No âmbito da sua missão de inegável interesse público cultural, o OPART – entidade gestora do Teatro Nacional de São Carlos, da Companhia Nacional de Bailado e dos Estúdios Victor Córdon - é uma entidade pública empresarial que prossegue fins de interesse público e tem por objeto a prestação de serviço público na área da cultura músico-teatral, compreendendo, designadamente, a música, a ópera e o bailado, nos termos dos respetivos Estatutos, aprovados em anexo ao Decreto-Lei nº 160/2007, de 27 de abril.
Na concretização da sua missão de serviço público, o OPART compromete-se a agir sobre os princípios da responsabilidade, colaboração, profissionalismo e inovação. Agrega ainda três corpos artísticos residentes: a Orquestra Sinfónica Portuguesa, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e o elenco artístico da Companhia Nacional de Bailado, que contribuem para o cumprimento da missão e da rentabilização de recursos.
Na qualidade de entidade gestora, o OPART visa criar condições para o pleno exercício da missão de serviço público, agrupando numa mesma entidade a gestão das equipas artísticas, técnicas e administrativas e dos edifícios à sua guarda – o Teatro Nacional de São Carlos (monumento nacional), o Teatro Camões e os Estúdios Victor Córdon. Com vista ao aumento da eficiência e sustentabilidade, o OPART integra e potencia as ações culturais governativas e assume o compromisso de gestão, de coordenação, de manutenção e de promoção das atividades das suas entidades artísticas. Assegura assim o cumprimento dos objetivos de interesse público e garante a coerência e a excelência da atividade artística do Teatro Nacional de São Carlos, Companhia Nacional de Bailado e Estúdios Victor Córdon e da imagem que deles se projeta nacional e internacionalmente.
O OPART rege-se pelas normas legais que lhe sejam especialmente aplicáveis, pelos respetivos Estatutos e regulamentos de execução, subsidiariamente pelo regime jurídico do setor empresarial do Estado e demais legislação aplicável às empresas públicas e, na sua falta, pelas normas de direito privado. Está sujeito aos poderes de superintendência e tutela dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da Cultura e das Finanças e tem como órgão máximo um Conselho de Administração, composto por Conceição Amaral (Presidente), Rui Morais e Sofia Meneses (Vogais).
O OPART dispõe de um património de edifícios e acervos, essencial para o cumprimento da missão de serviço público e para a promoção das artes performativas em Portugal.
Na dimensão patrimonial imóvel, destacam-se os edifícios do Teatro Nacional de São Carlos, do Teatro Camões e dos Estúdios Victor Córdon.
O OPART integra ainda uma vasta coleção de acervos patrimoniais únicos tais como cenários e telões de ópera, adereços e figurinos, guarda-roupa, bem como uma coleção de instrumentos musicais e um conjunto de equipamentos técnicos, fruto de mais de dois séculos de atividade. Os acervos do OPART, são ainda compostos por uma biblioteca, um arquivo musical e um arquivo histórico, que inclui partituras, libretos, manuscritos e outros documentos históricos e administrativos, fundamentais para a preservação da história. Detentor de um património singular e de relevo nacional e internacional, incumbe ao OPART a gestão, a conservação e a valorização de todo este património, garantindo as suas condições de acesso e de transmissão para futuras gerações.
Da autoria do arquiteto José da Costa e Silva, o Teatro foi construído entre 1792 e 1793 e inaugurado a 30 de junho de 1793, com um programa composto pela ópera “La Ballerina Amante”, de Domenico Cimarosa, seguido pelo bailado “A felicidade lusitana”, de Caetano Gioia e foi incluído um elogio cantado, composto por António Leal Moreira, no âmbito das celebrações da gravidez da princesa Carlota Joaquina, a quem foi dedicado o Teatro de São Carlos.
Monumento Nacional desde 1996, o Teatro Nacional de São Carlos é um edifício neoclássico de influência italiana, um dos mais antigos teatros da Europa e o único teatro lírico em Portugal. Localizado no centro histórico de Lisboa, ao Chiado, está implantado entre prédios oitocentistas e tem nas proximidades outros imóveis classificados. O Teatro Nacional de São Carlos é integrado por um conjunto arquitetónico constituído por três imóveis: o corpo principal do Teatro, construído entre 1792 e 1793 e classificado Monumento Nacional, o anexo Duques de Bragança incorporado no ano de 1888 e um terceiro denominado anexo Serpa Pinto, incorporado em 1933 (os anexos têm a designação de acordo com a toponímia das ruas onde estão localizados). O corte longitudinal do Teatro, identifica claramente os três volumes articulados e uma cobertura diferenciada. No Interior estão considerados os espaços como: foyer, salão nobre, sala principal de espetáculos de planta elíptica com cinco ordens de camarotes, de tipo italiano, caixa de palco, zonas técnicas, camarins, salas de ensaios e salas administrativas.
O Teatro apresenta uma programação musical regular nos seus três espaços: a sala principal, o salão nobre e o foyer. A sala principal, palco de grandes produções líricas e de concertos sinfónicos e coral-sinfónicos, mas também de bailados. O salão nobre, que permite o acesso à varanda da fachada, recebe recitais e concertos de diferentes formações instrumentais, leituras de ópera e apresentações mais intimistas. O foyer é um espaço privilegiado para concertos de câmara e breves recitais de entrada gratuita, que convidam ao convívio informal. Promove e acolhe, ainda, a realização de encontros, conferências, masterclasses, cursos, concertos de/para escolas e famílias e um conjunto alargado de propostas culturais.
Atualmente, o Teatro tem dois agrupamentos artísticos residentes, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, criado em 1943, que interpreta o grande repertório operístico e coral-sinfónico, mantendo-se como a única estrutura coral profissional em Portugal; e a Orquestra Sinfónica Portuguesa, cuja origem remonta a 1993.
Para além de músicos, coralistas e solistas, as composições líricas vivem da arte e do empenho de encenadores, cenógrafos, desenhadores de luz, aderecistas, costureiros, maquilhadores, maquinistas, eletricistas, contrarregra e técnicos de som e vídeo. A memória das óperas levadas ao palco de São Carlos, pela mão de todos estes artistas e técnicos, é preservada e divulgada pelo Centro Histórico do Teatro, através das exposições de património móvel, guarda-roupa, cenografia, arquivo musical, fotográfico e documental que organiza.
A vocação de divulgar ao público a história da ópera, dos grandes compositores e do Teatro de São Carlos é também prosseguida pelo projeto pedagógico, que promove a realização de visitas guiadas ao edifício do Teatro, mas também um conjunto de outras atividades lúdicas e pedagógicas para crianças e jovens, famílias e professores, bem como público em geral, com o intuito de promover a aproximação entre o Teatro e a comunidade.
O extraordinário valor e a beleza arquitetónica do edifício, bem como a excecional qualidade musical que tem caracterizado os seus longos anos de vida, tornam o Teatro um local incontornável da cena artística e cultural portuguesa. Mas muito mais do que mero herdeiro dessa dimensão histórica, o Teatro Nacional de São Carlos é hoje uma casa viva de música e cultura, sempre de portas abertas, que oferece uma programação diversificada, habilitada a corresponder aos mais exigentes melómanos e capaz de cativar os espectadores menos frequentes.
A ópera e a dança desde sempre integraram as temporadas do Teatro, onde se apresentaram os Ballets Russes de Diaghilev, em 1918, e onde nasceu o Centro de Estudos de Bailado de Margarida de Abreu, em 1956. Em 1977, quando se constituiu a Companhia Nacional de Bailado, o Teatro foi a sua primeira sede.
Construção
Inauguração
30 junho 1793
Intervenções
PRR - Plano de Recuperação e Resiliência
2024
Lugares sentados
725
Corpos artísticos residentes
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Orquestra Sinfónica Portuguesa
O Teatro Camões foi construído nos anos de 1997-1998, no âmbito da Exposição Universal de Lisboa 98 (Expo’98). A sua composição arquitetónica é simples e dá continuidade aos materiais do espaço público, o que é visível no arranjo exterior junto ao passeio ribeirinho. Da autoria do gabinete de arquitetura Risco, sob a direção do arquiteto Manuel Salgado, este edifício tem uma presença forte e simbólica nesta zona da cidade, dedicada ao lazer e à fruição dos espaços verdes. Debruçado sobre o Tejo, o Teatro desfruta de uma vista magnífica ao longo do Passeio do Neptuno e da frescura do Jardim da Água, que lhe fica ao lado. O Teatro Camões possui um teto técnico sobre toda a plateia, o que permite projetos criativos de utilização deste espaço.
Em 1999, após a Expo’98, o Teatro Camões foi integrado no extinto Instituto Português das Artes e Espetáculo, enquanto unidade de extensão artística, e sofreu um projeto de ampliação do edifício, por forma a dotá-lo de condições para a instalação da sede da Orquestra Sinfónica Portuguesa, sediada no Teatro Nacional de São Carlos.
Posteriormente e mantendo-se a Orquestra Sinfónica Portuguesa no Teatro Nacional de São Carlos, a Companhia Nacional de Bailado assume a programação do Teatro Camões, tornando-se a sua sede em 2003.
Em setembro de 2023, o Teatro Camões encerrou ao público para obras de requalificação e modernização no âmbito do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência, estando prevista a sua reabertura em outubro de 2024.
Construção
1997 - 1998
Inauguração
1998
Requalificação
1999
PRR - Plano de Recuperação e Resiliência
2023
Lugares sentados
936
Corpo artístico residente
Companhia Nacional de Bailado
Em pleno coração do Chiado, no número 20 da rua com o mesmo nome, situa-se o edifício assinado pelo arquiteto José Luís Monteiro (1848-1942), propriedade da Câmara Municipal de Lisboa. Originalmente destinado a acolher o Ginásio Clube Português, que ali se manteve até 1973, passou a ser, anos mais tarde, a sede da Companhia Nacional de Bailado.
Em 2003, a Companhia Nacional de Bailado assume a gestão do Teatro Camões mantendo este edifício como suporte da sua atividade. A partir de setembro de 2016, este espaço passará a incluir de forma permanente os Estúdios Victor Córdon que desenvolvem projetos de cariz educativo, comunitário e criativo da Companhia Nacional de Bailado e do Teatro Nacional de São Carlos para os mais jovens, onde ali concretizaram ideias que aliaram movimento, música e imagem. Em 2022, os Estúdios Victor Córdon estabeleceram-se como uma plataforma criativa de apoio à comunidade artística independente, com a missão reconhecida estatutariamente em outubro de 2023. Os Estúdios Victor Córdon são hoje um espaço físico e artístico de criação, experimentação, diálogo e pensamento crítico para as artes performativas em Portugal.
Com uma longa história não apenas ligada ao desporto, mas também à arte, por estes estúdios passaram grandes nomes ligados à dança, à música, ao teatro e às artes plásticas.
Construção
1884
Inauguração
1884
Requalificação
1982
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